
Andava ao sabor do vento. Dia após dia num virar de folhas constante suspenso no calendário. Permitia que o destino me desse a mão, e me levasse por becos, travessas, ruas de calçada, numa fuga clara e apresada do direito ao livre arbítrio. Mesmo assim não me mostrava preocupada, e deixava-me ir, embalada pela falta de poder escolha. E o tempo, sempre o mesmo apressado, continuava a roubar eternidade ao momento. O compasso marcava um tic tac no bater do coração, que pedia, exigia a liberdade, para la da respiração, para la da humidade que transborda dos meus olhos na despedida, para la do verdadeiro sentido da nossa canção. E mantinha a linha que nos separava suspensa, diminuía a distancia a cada flash da retina ocular, em pequenos focos de imagem, em pequenos cruzamentos de viragem que nunca sabia onde iam dar. Nunca sabia onde me iam levar, e no entanto viajava neles,e sem sequer me queixar deixava o barco velejar de velas soltas, pela brisa que não fustigava, mas mesmo assim me fazia avançar. Mas o vento já não sopra norte e agora que o barco atracou no cais, saiu e vou pelo meu pé, ante pé, de algodão, para não interromper o sussurrar da asa que paira agora livre, dourada, numa linha que o por-do-sol traçou. E as noticias correm agora soltas pelas bocas, afia a língua a inveja, que mesmo não tendo os anos vincados na pele, acha-se no direito de por nas alheias vidas pozinhos de canela. Mas o que não me toca passa-me ao lado, e os meus pés Finalmente caminham sem medos, sem consciências ou moralismos, sem o resto do meu corpo notar o mapa das estradas por que caminho. E Sigo agora outra direcção, uma que descobri quando menos procurei. Sigo agora para o sitio onde tudo nasce vindouro, onde o próprio paraíso fica aquém, onde a ilusão não faz sombra á realidade, e as palavras não são um turbilhão, são certezas, são vontades, são prioridades nas horas em que o corpo chama pelo que trago comigo ao coração. São loucuras vibrantes que se desprendem da razão, contrariam a gravidade, e sobem rumo ao céu, opaco e distante, mas agora tão ao alcance da minha mão(...)
"E dizes que sou a estrela que te guia, mas foste tu que me deste o céu para brilhar."
O amor cobre e descobre o seu rosto feliz
ResponderEliminarUm beijo anda solto de um sopro puro
Dois amantes dividem uma maré de espanto
O desamor ergue na vida um frio muro
Uma estrela do mar percorre o azul
Uma estrela no céu anuncia a claridade
Uma longa espera arrocha o peito
Um suspiro solta a incontida saudade
Ofereço-te uma estrela do mar
Mágico Beijo
mais uma vez as tuas palavras encantam oh ligia :)
ResponderEliminarja eu ando "morto" a imenso tempo.
beijos.
que sutil, e plausível
ResponderEliminare a rima a nos perseguir, como anjos-poetas caídos... o pecado da palavra.
ResponderEliminarabç
Gustavo
tem selo para ti no meu blog,
ResponderEliminarbeijos!
^^
A meiguice dos teus olhos
ResponderEliminarEnternece a alma mais dura
Sei-te em cada batida de coração
Na verdade da água pura
A verdade da terra
De verdadeira verdade se veste a tua alma nua
O mundo conhece teus passos
O teu destino impresso nas pedras de uma rua
Mágico beijo
nao sei se o arrepiado foi bom ou mau..mas espero qeu tenhas percebido a dica do meu blog:P
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