quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Filhos da rua


Vidas de rua em rua. Noites passadas em tantos frios bancos que conhecem de cor.
A cor fugiu-lhes a muito do rosto. Nos olhos apenas uma ínfima réstia de uma chama quente e viva que outrora brilhou.
Álcool, droga, Pobreza, solidão. Companhia das horas mortas, nos cantos das metrópoles, entre o sustento dos caixotes, lutando,e por vezes pouco, pelo ar que respiram.
Mendigar é o dia a dia, pouco importa o que pensam os senhores das malas de couro que passam apressados na sua bolha inviolável de coração duro.
E quando a avidez de uma qualquer estação não da tréguas aos que tem o céu como tecto, abrigam-se debaixo dos caminhos dos donos do mundo.(...)
E nos que nos dizemos tão civilizados, tão possuidores da razão, ainda lhes passamos ao lado, ainda nos afastamos o mais possível, ainda ignoramos uma cara suja num corpo definhado, um olhar consumido pelas expectativas de um mundo melhor... que nunca chega! que nunca vai chegar para eles.
Porque não tem direito a digna vida? porque não tem dinheiro, posses, ou qualquer outro bem? Porque não tem pai, mãe, família? São filhos da rua!

Filhos de quem?!

domingo, 22 de novembro de 2009

Pontos nos " i's" !

Pedro Monteiro
Passavas breve pelo meu pensamento, e eu como se não reparasse na tua presença fingia-me distraída ao convite dos teus olhos. Os teus cabelos de brisa ao vento tocavam das mais belas musicas que eu já ouvi enaquanto eu sentia-te como se me tocasses dentro do peito, e sob o coração firmava-se o aperto da verdadeira distancia das tuas mãos. Apetecia-me perder nos teus dedos tanto como no frio de um inverno só nos apetece o calor de um verão qualquer.
A verdade é que não sei estar sem ti. Não sei passar pelas nossas ruas sem me deixar envolver pela dança dos sentimentos. Não sei descer as avenidas dos tantos amo-te sem te querer com uma vontade tamanha que tende a despertar uma ânsia para la da que consigo suportar.
E o teu cheiro paira suspenso em cada esquina, e sempre que viro naquela rua baila sobre a minha pele o aroma da tua, nas noites das loucuras, na noite das partilhas em que o amor corria solto, envolto em mistério, livre, como se a vida fosse só um momento.
E por tudo isto e muito mais que nem consigo transcrever sob a forma opaca das palavras, estou aqui agora, para dizer a todos vós, queridos leitores, seguidores, a todos os conhecidos, a toda a família e aos amigos, a todos os rostos sem nome que passam por mim na rua, ao senhor da bilheteira da estação, ao senhor simpático do transporte publico, ao senhor a tocar guitarra no banco do jardim, ás crianças que brincam no parque, ao senhor da pastelaria, ao mundo inteiro á minha volta (...) Que foste tu que escolhi para dedicar a minha vida, em todos os momentos, em todos os minutos em que troco 60 segundos por 60 formas para te amar. E que cada palavra minha é dedicada a ti. A ti que me ensinas-te a sentir viva, que me ensinas-te a ver a vida com olhos de ver, a ti que transformas o frio de um inverno pálido, só, num arco-íris de neve cadente.
-Nunca mais duvides do que sinto, nunca mais duvides que te amo, a ti, somente a ti, apenas a ti!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

...de amor contigo!


Caio nos jogos do amor, perco-me pelas estratégias dos nós dados com correntes de aço em outrora livres corações.
Corro jardins de beijos, por terras de sonho que crio e descubro, e vejo atear-se o fogo que consome mas não queima, que ilumina o olhar á descoberta da solução. Acorre á minha boca a lembrança de toda a minha vida na palma da tua mão, e chamo pela magia de dois corpos nus, quando me acordas as vontades e me matas os desejos. Sincronizo a dança da tentação ao ritmo do teu corpo saciante de amor corrente, que me mata a fome de vida, me mata a sede de ter-te.
E escapa a paixão pelos teus lábios, quando bebo o prazer pelas tuas mãos fechadas em redor do que os teus olhos anseiam.
E a noite que nos olha pela janela, suspende a corrida do tempo quando senti-mos chegar o momento de nos embrenhar-mos nos profundos rios do amor que correm sob gotas de suor da nossa pele ardente. E fica a satisfação a correr solta pelo quarto quando só nos restar o cansaço sob forma de rubor na face e dois sorrisos vibrantes, perdidos ainda em carinhos no seio dos lençóis de seda.

Desejar-te Kiko não carece de perdão, já que fazer amor não é pecado!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

(senti)do -


Olhava o céu solto
Envolto na névoa
Revolto
E já os pés me roçavam mar;
Pego numa pedra
Metamorfica
Metamorfose
-Borboleta!
Lanço-a ao ar;
Primeiro voo da asa que leva o amor
Por entre nuvens
No ventre
Na pauta do arco-íris
Pela chuva de cor.
Corta a linha da meta
Rasga o asfalto em dois
Roda em espiral ao centro da terra
Sentido descendente
Velocidade
Adrenalina
Cometa;
segue a viagem sem consciência
Sem rumo traçado
Sem sinal de desistência
Apenas segue no vácuo
Vazio intemporal
Universo
Constelação
Espaço Sideral
E vejo a queda da minha estrela;
Acorda-me o brilho dos olhos
Fecho-os
Peço um desejo.
Amanheceu.
O desejo realiza-se.
E és novamente meu!
-Sentimento.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Guardo-te no pensamento, estrela;


Um obrigado ao rebelde (Crónicas de um bom rebelde) pela
escrita divina que nos faz cair na chuva miudinha da inspiração. Este texto nasceu em mim depois de mais uma de tantas leituras atentas ao blogue que tanto prezo.

Modo imperativo, tempo presente, dito no plural. Verbos reinventados em tantas frases trocadas sem noção do verdadeiro peso das palavras que nos acorriam sem contenção. Que nos toldavam a razão, em tantas vezes que perdíamos mais que o juízo, pelo meio de brincadeiras, no caminho dos sorrisos, pelas longos versos da canção. E enquanto me tomava a fome de te ter, trocavas comigo as palavras atónitas da imensidão da vontade de dizer sempre mais, e nunca chegava a união das letras para apaziguar a ausência do toque, que tantas vezes imaginávamos ser como o leve roçar do vento impregnado do doce sabor da brisa no verão. E seriam os nossos beijos melodia, seriam as nossas ardentes mãos pintadas de paixão, e os teus olhos fixos nos meus matariam a sede de me perder na tão prometida e fugidia ilusão. Seriam no fim da noite os teus braços o meu colchão e os teus beijos de embalar acordariam os sonhos em mim -onde mais uma vez te iria encontrar. Mas o rumo da história muda, o mundo giro, o tempo roda num turbilhão, e fica-nos a vida de pernas para ar. E tantos foram os desejos que agora me sinto vazia da vontade de sentir, quando já mal me permito ver a tua presença, com medo de te saber como antes eu te sabia, preso a mim em cada singular respiração, em cada passo dado na direcção oposta a que ordena o coração, em cada raciocínio demorado da razão, distraidamente viajante entre o aqui e o lugar onde estas, distante, e eu hesitante, irresoluta, vacilante, balanceio na linha do amor, fazendo malabarismo com Sentimentos tão novamente inauditos que me voltam a fazer oscilar. E o esmorecer da estrela da manhã é o primeiro soar do trompete, que irrompe da alvorada, amotinada e voraz no despertar de um sol que rasga os contornos, esculpidamente disformes da linha ambígua do horizonte. E sinto-me agora atormentada, desprotegida, desabrigada, e no frígido calor do momento fraquejo, alienada da vontade de alcançar o caminho de fuga que permanece eternamente aqui ao lado. A saída de emergência aquiesce a vontade de lhe recorrer ao interior do pensamento, abro, saio, corro, fujo, mas a meio do caminho, depois de inteiramente perdido o alento, engrandece-se em mim a ânsia de voltar, de retornar ao ponto de partida. Fujo, corro, entro, fecho a porta, e começo tudo de novo outra vez. Não sei onde errei. Não sei qual foi o ponto de partida em que te comecei a perder, nem tão pouco que sombras dissipadas terei deixado para trás. Queria eu saber toldar a razão. Faze-la voltar atrás, em fantasia, espectro da razão, manipula-la como ornamento, pendura-la ao coração, e exibir o seu seio no esplendor do momento. Mas o tempo teima em não voltar, e teimo eu em faze-lo então galgar o abismo do silêncio que agora se torna vítreo e corta a vida em dois. Pensamentos proibidos afluem ao caudal do rio transbordante nas margens da menina dos meus olhos, com uma rispidez que me cala a voz, me reparte a inspiração, e como se não estivesse eu soluçante recolho á minha melhor e mais confiante voz, no instante de te dizer o adeus que teima em ancorar amarras de ferro no nó caprichosamente sufocante, e faltando-me a intenção e o talento da mentira, cai o pano, fim da cena e exibo a alma á plateia, não ouço apupos, vaias, não vejo aplausos, ovação, louvores, mas sim o incomodo ludibriante na expectativa da resposta, e o fim é firmado pelo enredo da confusão de não saber o que quero dizer no desfecho final. O coração pede que me entregue, que chore o mar pelos olhos, salgado, ondulante, tão mais sincero, franco, leal, que a estrela cadente que profana a calma do céu hoje fendido. Mas a razão exige-me que diga não, que negue o que sofro, sofrendo o que nego, e me feche na solidão de mais um sorriso vazio, de mais um olhar morto para lado nenhum.
Estarei eu preparada para escolher? Estarás tu - publico expectante -preparado para me fazer escolher então?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Primeira data;

É a primeira de tantas outras datas já pré-marcadas, mas não deixa de ser especial por não ser singular. É a data de gritar a eternidade, num eco que permanecerá sempre enlaçado, unido a nós.
Pedro Miguel D'almeida Monteiro:

Will You marry me?

domingo, 27 de setembro de 2009

Passado. Presente. Futuro? Obviamente!



Andava ao sabor do vento. Dia após dia num virar de folhas constante suspenso no calendário. Permitia que o destino me desse a mão, e me levasse por becos, travessas, ruas de calçada, numa fuga clara e apresada do direito ao livre arbítrio. Mesmo assim não me mostrava preocupada, e deixava-me ir, embalada pela falta de poder escolha. E o tempo, sempre o mesmo apressado, continuava a roubar eternidade ao momento. O compasso marcava um tic tac no bater do coração, que pedia, exigia a liberdade, para la da respiração, para la da humidade que transborda dos meus olhos na despedida, para la do verdadeiro sentido da nossa canção. E mantinha a linha que nos separava suspensa, diminuía a distancia a cada flash da retina ocular, em pequenos focos de imagem, em pequenos cruzamentos de viragem que nunca sabia onde iam dar. Nunca sabia onde me iam levar, e no entanto viajava neles,e sem sequer me queixar deixava o barco velejar de velas soltas, pela brisa que não fustigava, mas mesmo assim me fazia avançar. Mas o vento já não sopra norte e agora que o barco atracou no cais, saiu e vou pelo meu pé, ante pé, de algodão, para não interromper o sussurrar da asa que paira agora livre, dourada, numa linha que o por-do-sol traçou. E as noticias correm agora soltas pelas bocas, afia a língua a inveja, que mesmo não tendo os anos vincados na pele, acha-se no direito de por nas alheias vidas pozinhos de canela. Mas o que não me toca passa-me ao lado, e os meus pés Finalmente caminham sem medos, sem consciências ou moralismos, sem o resto do meu corpo notar o mapa das estradas por que caminho. E Sigo agora outra direcção, uma que descobri quando menos procurei. Sigo agora para o sitio onde tudo nasce vindouro, onde o próprio paraíso fica aquém, onde a ilusão não faz sombra á realidade, e as palavras não são um turbilhão, são certezas, são vontades, são prioridades nas horas em que o corpo chama pelo que trago comigo ao coração. São loucuras vibrantes que se desprendem da razão, contrariam a gravidade, e sobem rumo ao céu, opaco e distante, mas agora tão ao alcance da minha mão(...)
"E dizes que sou a estrela que te guia, mas foste tu que me deste o céu para brilhar."

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Deixa arder...

- Dedicado a ti, Kiko:

Cesso por fim as hostilidades contra o meu coração.
Deixo-me sequestrar pela vontade de me entregar.
E declaro fim ao desperdício desnecessário das forças de lutar contra o que esta a acontecer. E apesar de ser tudo tão prematuro, o que ainda me confunde é a constante maneira de como as coisas mudam, a constante rotação da realidade, numa aproximação á imaginação, que se torna cada vez mais verdade.
Que se torna cada vez mais em tentação, no céu onde me deixas brilhar, Distante.
Mas se batemos a tantas (erradas) portas, o que importa agora o que és para mim ou o que sou para ti. O que importa o que o tempo nos faça e no que a sucessão de dias sem freio, na corrida pela vida, nos torne.
A partir de hoje Saberás sempre que sou o teu porto seguro, que quando estiveres cansado do frenesim que é viver no mundo em redor de nós, será no meu peito que encontras a tua paz. Porque nos meus braços estas seguro, alheio a tudo, na margem da vida do grande tabuleiro de xadrez. Sem importar mais o que possa suceder.
E se souberes tão bem como eu que o essencial foi feito, então é por lenha na fogueira...

E deixar arder!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

- (e)ternamente


E' sobre o meu olhar fascinado, colado a' linha cúmplice, fina e azul no berço dos teus olhos, que me perco pela frescura da onda nas asas do tempo. E por perder a noção de tempo ganho noção da vida. Agora sei que dizer que não te quero, não me faz não te querer. E sei que a vida não corre , ligeira e veloz, ao compasso do vento, passa antes, ante , com medo de despertar de novo a minha ânsia de voar. De te amar. Mesmo eu sabendo que te amar agora seria como pegar na linha da vida e fazer um novelo. E apesar de tudo persiste em mim a tentação de o fazer, pois tu sabes por o meu coração a bater daquele jeito, a bombear doce e quente amor para todos os cantos e recantos do meu corpo, fazer arrepiar a minha alma, e colorir os meus lábios de desejo do teu beijo. Pois tu deixas os beijos a correr soltos pela minha pele, dessa maneira, e a tua boca tem esse gosto, de pecado. E por outro lado fica-me também a certeza que sabes que eu sei de cor os trilhos que os meus dedos descobriram no teu corpo, caminho que tantas vezes percorri na pressa de chegar a ti. E chegando agora a hora de responder as tuas perguntas, me ocorre dizer-te que me arrependo tanto de te amar como no horizonte o céu se arrepende de beijar o mar, se arrepende de faze-lo todos os dias, eternamente, sem cessar. Haverá sentido na necessidade de dizer mais alguma coisa? Algo para alem daquilo que tu saberás perceber, e sentir, como eu percebi-senti. Aqui vai a ultima coisa que tenho de te dizer, a ultima que resta ser dita:
Queres dividir uma vida comigo?
Não precisas de responder, afinal o que quero de ti não e' a resposta, e' apenas a certeza que mesmo agora que não estamos juntos, iras pensar nisso, em como foi quando(...), em como seria se(...), em como vai ser na altura certa! Conheço-te o suficiente para saber o que pensas agora, e por isso meu amor de tantos horas - de tantos beijos, de tantos segredos...



Não me dês uma boa mentira...



Da'-me uma ma' verdade.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Em nós...




Talvez ele seja inesquecivel demais para tentar esquecer, talvez a face dele nunca desapareça do meu olhar fechado, e o meu espelho nunca desista de o reflectir no meu sorriso. Talvez ele irá ser por muito tempo a minha inspiração corrente em cada simples frase, em cada simples beijo arrancado a' força, em cada amo-te a' pessoa errada.
E talvez ele sempre seja o motivo maior por detrás de todas as pequenas - grandes- coisas, seja ele quem me fará procurar nos braços de outro o breve e leve traço do aroma dos lábios dele, ou a maciez da cama a' beira mar com vista para a estrela poente, onde o fiz homem, onde me fez mulher.
Talvez seja a ele que eu encontrar, por um acaso da vida, brincadeira frustrante - (ir)relevante - do destino, num qualquer papel amarrotado, num cigarro caído, numa carta sem remetente, num telefonema anónimo, num filme de amor, numa criança que sorri, num céu que chora, num desenho por acabar... e quem sabe se ele não esteja mesmo lá, sempre perto, sempre atento. Talvez seja ele que de vida aos meus pés e que me faça caminhar, que me feche os olhos a noite e me sussurre ao ouvido a tal canção de embalar que nunca esqueci, que me faça abrir espaço pela natureza - pureza - branca da folha, e me faça encantar a linha fina no caminho da caneta, e sendo esta opaca, a torne pensamento. E quando escrevo sobre ele, talvez esteja a sua mão sobre a minha numa união infinita e perfeita em harmonia, uma comunhão de duas almas num sentimento.
Depois disto não teria como negar, mesmo que o quisesse, que ele esta em mim, em cada viagem do ponteiro do relógio...

Mas se por sinuosos caminhos a minha presença perdeu-se do rasto da sombra dele(...)


então ai vejo que não sou eu que estou sem ele

(...)

é ele que esta sem mim!

sábado, 22 de agosto de 2009

Boa noite, amor.


Digo que chegou o fim, perco-me entre tantas folhas que escrevo em nome do passado, digo que findou a esperança, dou a historia por acabada. E no momento em que os ponteiros do relógio apenas passam sob a vontade soberana dos meus dedos e' que percebo que a realidade a que me submeti e' ilusória, apenas vontade de me convencer a mim própria que foi feita a coisa certa. Desenho o fim a preto e branco num qualquer papel que depois esqueço debaixo de tantos outros que falam de ti, e ainda espero pelo nosso final feliz.
Pergunto-me se acreditas de facto que te esqueci, depois das Insanas promessas que choveram desenfreadas dos nossos lábios vermelhos na paixão na sede de mais e mais amor, em noites de copiosas partilhas. Saberás tu que a minha pele insiste em guardar o teu cheiro adocicado, e de cada vez que a lua cresce, de cada vez que ilumina a noite escura de luzes apagadas num quarto de janela aberta, e se mostra la no alto, cheia, completa, ainda me lembro do toque da tua mão, na minha face, nos meus ombros, no meu coração, a mão na mão, peito com peito, lábios sobre lábios. E lembro-me que não existe poesia mais bonita do que um beijo. O nosso beijo.
Sonharás tu que depois de tudo ainda te quero?

Deitei as armas por terra. Rendi-me as evidencias.
Ao que sinto.
A ti.

Boa noite, amor.

sábado, 15 de agosto de 2009

Querido amor...


Querido amor

E' certo que a muito não me perco no meio do que tenho para te dizer. Certo também que os meus dedos não acariciam o papel de carta, há muito tempo, muito mais do que eu previa, queria. Mas a muito tempo que os meus olhos não se abrem em êxtase, com o conteúdo venenoso, dentro do envelope, que traz o teu nome - o teu cheiro. Não tenho lido as tuas cartas. Não que a curiosidade não me corroa o espírito por dentro, num burburinho de me perder no meio das letras... mas sei que e' um ciclo vicioso.
É uma pena de morte perder-me no que tens para me dizer, e temo entrar de novo numa espera auto-destrutiva.
Perdoa-me por não ter saboreado nenhuma das tuas cartas de amor. Mas não sinto a tua presença. E agora ignoro os sinais de que não estas assim tão distante. E mesmo neste momento em que tento por um ponto final na esperança perco-me no caminho, dou por mim a divagar, a dar voltas ao assunto... sem nunca sair do sitio.
De facto não sei sair do sitio. Mas passa agora o tempo... Um dia depois do outro e continuo eu no mesmo paragrafo desta carta.
Não sei que te possa dizer.
Não sei o que te quero dizer.
Queria poder falar-te em como as andorinhas passam a voar sobre a minha varanda, como sol me bate na cara, aquecendo o meu corpo, avivando a minha mente, acalmando os meus medos! Sinto-me viva agora. Sinto algo que perdi em ti, um dia, e que agora encontrei. O amor que te tinha foi o preço.
Mas falar-te do agora, seria cruel, seria um acto de falta de compaixão, que quase posso sentir na alma o que sentes agora. Bem sei que a culpa e' minha. Contudo prefiro não te dar razões ou desculpas, prefiro honrar o passado, sem ter que justificar o presente.
Assim relembro o nosso primeiro beijo. Relembro o passeio a luz da lua. Lembro a nossa primeira zanga e depois a reconciliação. E como foi boa a reconciliação. Lembras-te do nosso primeiro passeio de mãos dadas? lembras-te daquele beijo a' beira do rio? De certo que te lembras tão bem como eu. Tão bem como sempre vou lembrar. Foram pedaços de sonho que vivi contigo. Foste a estrela mais brilhante da minha vida, enquanto brilhaste. Foste muito mais do que eu mereci. Mas esta na hora de seguir em frente.

Não quero terminar com um adeus, assim vou dar-te um ultimo, grande, e verdadeiro:

Amo-te e nunca te esquecerei.

Afinal foste o meu primeiro amor.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Eu-Fantoche


Há dias em que me sinto um fantoche.
Ando de mão em mão, e nunca encontro dono.
Sou submissa ao controle, propicia ao abandono.
Sou controlada pelas vontades de quem não me quer mais do que para brinquedo.
Sou Fantoche-Humano num teatro de marionetas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ponto Final; Paragrafo;Travessão.


Eufemismos, meias palavras, metáforas... Mensagens codificadas em tantos retratos(abstractos) que escrevo. Camuflo identidades, abafo sentimentos, Dou outro brilho a actos, personalidades, mas os subterfúgios não são meias mentiras... São meias verdades. Corro contra a maré na esperança de ter esperanças, e no meio de tão pouco sentido no que sinto, dou ainda menos sentido ao que escrevo. Não fujo da realidade, fujo da forma com ela acontece. Mas hoje não! Hoje nem há forma de fugir do golpe das tuas palavras. Nem tão pouco há desculpa a ser usada, nem metáfora suficiente grande que esconda o que mesmo dizendo que não me querias fazer... Fizeste sentir.
Não há ilusão para a (des)ilusão.
Então vamos simplificar: Tu não me queres, para que complicar? Para que fazer transbordar os meus olhos, quando não há volta a dar?

Não, a tua resposta.
Nunca mais! A minha decisão.


"So don't bother
I won't die of deception
I promise you won't ever see me cry
Don't feel sorry"
(shakira-Don't Bother)

Todas as historias tem um fim, feliz, ou não.

A nossa acaba aqui.
(Com final feliz? - o tempo o dirá)
E esta é a ultima vez que escrevo sobre ti.

The end!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma questão de fruta;


Tenho duas metades para a minha laranja e...

Tou confusa.

sábado, 18 de julho de 2009

Eu vi. Mas não agarrei!


Em todos os cantos do mundo, sinto o mesmo pequeno presente...

O futuro passou-me ao lado, o passado pousou-me a frente. Por mais que eu e ele queiramos... Por mais que ele - sem me conhecer - me queira dar, não quero me desprender, do que tenho, ou talvez não tenha, mas que mesmo assim conheço.

Assim mostro-lhe um pouco do que sou, no curto tempo que temos, mas não lhe digo o meu nome - para que depois não possa me procurar...

E vejo o que poderia ter passar-me a frente.

Vejo o primeiro encontro ganhar forma, meses depois o anel no dedo.

Vejo uma dedicação a que não estou habituada, e vejo o para sempre amada, ali, a' minha frente ao alcance da minha mão.

Quase que lhe posso beber a sede de saber mais de mim, quase que posso contar-lhe tudo. Quase que conto...

E depois assusto-me com a possibilidade de ser feliz, e no ultimo minuto viro-lhe as costas antes que se torne real para ele.

Antes que se torne tentação para mim.

E algemo-me ao passado. Deito a chave fora, e esqueço o que ali vivi, ou tento esquecer o que quase pude viver, mesmo que ainda sinta, a forma do anel no dedo.

O quarto dedo a contar do coração.



"Eu Vi. Mas não agarrei!"

(Ornatos Violeta)

kit Ferias









Boa companhia e um sitio bonito e calmo.




Porque nunca se pode tirar ferias da segurança.

Um bom protector solar.


E por fim, os indispensáveis, sun glasses.

Agora não perca tempo, faça as malas e vá!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ornatos Violeta- ouvi Dizer;

Um amigo meu mostrou-me esta musica...e ainda bem que o fez.
-Obrigada por me teres viciado em mais esta musica (:

Ornatos Violeta- ouvi Dizer;

Ouvi dizer que o nosso amor acabou...
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,eu não vou vê-lo em mim:
se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que vejo, tudo foi para ti
uma estupida canção que so eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!!
agora não vais achar nada bem que pague a conta em raiva!

E pudesses eu pagar de outra forma!!!
E pudesses eu pagar de outra forma!!!
E pudesses eu pagar de outra forma!!!

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
e eu tinha tantos planos p'ra depois!
Fui eu quem virou as páginas
na pressa de chegar até nós,
sem tirar das palavras seu cruel sentido...

Sobre a razao estar certa,
resta-me apenas uma razao:
e um dia vais ser tue um homem como tu
como eu não fui
um dia vou-te ouvir dizer:

E pudesses eu pagar de outra forma!!!
E pudesses eu pagar de outra forma!!!
E pudesses eu pagar de outra forma!!!

Sei que um dia vais dizer:

E pudesses eu pagar de outra forma!!!
E pudesses eu pagar de outra forma!!!
E pudesses eu pagar de outra forma!!!

A cidade está deserta
e alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra,repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce...
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
quando nele julgamos ver a nossa cura...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

In the end...


Não o beijou na boca.Deu-lhe antes um leve roçar de lábios.

Era mais fácil assim fazer o que tinha de ser feito, dizer o que tinha de ser dito. Antes que lhe fugisse mais a convicção, disse de um rompante como se corresse contra o tempo:

- Não vou voltar mais a procurar-te. Vou deixar-te para seguires a tua vida. Vou para longe, para onde te possa amar em paz, onde não possa estar contigo, ler as tuas palavras ou ouvir a tua voz. Vou para onde não possas matar, mesmo que aos poucos, o que sinto por ti.

- Sabes bem que não e's capaz.

Envolveu-a num abraço tão intenso que quase a fez desistir daquilo que tão dificilmente prometera. Afastou-se dos braços dele a custo. Tinha o cheiro dele em cada pedaço do seu corpo. Não pensara na possibilidade de se tornar ainda mais difícil, com ele ali, a olhar para ela, sem um pingo de preocupação.

- Vou dar um jeito de o ser.

Olhou-o uma ultima vez. Delineou a linha dos lábios dele com o dedo, sem lhe tocar. Recuou alguns passos. Não conseguiu perceber qual era a expressão do rosto dele e virou-lhe costas. E antes que ela se pudesse arrepender. Antes de o seu passo apreçado levar a sua imagem para la do alcance dos olhos dele. Irrompeu a culpa.

Nele.

Fora tudo culpa dele. Tinha-a como tão certa que nem se deu ao trabalho de a manter feliz ao seu lado. Deitou fora tudo o que mais quis, por pensar já não ser capaz de amar. Por pensar ter-lhe perdido o amor, e só o desejo restar. E só agora vê claramente. Ama-a como da primeira vez em que a viu, num entardecer como aquele. Que agora a leva para longe.

De si.

De vez.

quinta-feira, 2 de julho de 2009


Tenho o coração na bagagem.
Tenho vontade de partir. Não sei para onde.
"Hoje decides por mim"
Se vou, se fico;
"Hoje decides por mim"
Se caminho ate ti, se caminho ate outro;
"Hoje decides por mim"
Se desisto ou se corro;
"Hoje decides por mim"
se...
"Por mim. Apenas decide.Por mim"

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rua de calçada!

Sentou-se, encolhida num cantinho daquela rua.
Eram todos tão grandes e altivos. Raparigas com vestidos bonitos, floridos, bordados, coloridos. Cabelos arranjados, apanhados em cachos, como uvas, cor de bronze, cor de marfim, cor do sol da madrugada.
Mostravam uma belo piscar de olhos retocado pelo rimel aos rapazes que passavam. E um ligeiro sorriso, discreto, atrevido, em lábios vermelhos cor de pecaminosas maçãs.
Seguiam de braços dados, passo marcado pelo ressoar dos saltos altos na calçada, aroma de perfume francês, que faziam a multidão olhar com encanto e punha a cabeça dos rapazes a' roda.
Olhou com inveja.
Ela era o oposto das nobres damas. Não tinha mais que um vestido cor de lama, e pousado sobre ele, longos cabelos, soltos, despenteados, cor de noite...
Na sua pele não repousavam caros perfumes, e nos seus pés nada mais do que sapatinhos rasos sem brilhos nem encantos.
E ali estava ela, quieta no seu canto, na esperança de se confundir com as pedras sujas da calçada, e assim fugir as mãos que passavam no seu cabelo e lhe diziam " tens coisas melhores que elas". Falsos reconfortos, pois era sempre nelas que o amor poisava e a vida sorria, como o sol sorri as andorinhas no tempo das cerejas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Espaços de silencio"




As palavras são mudas quanto o tempo nos sela a boca e cala tudo o que ficou por dizer, que o cruzar de duas vozes numa conversa sincera magoa tanto ou mais que um cruzar de olhares. Palavras frias, indiferentes, ditas por bocas que antes de sede de amor se beijavam, sofregamente, hoje mantém a distancia como persistencia da separação, num esforço egoísta, de não se encontrarem de novo.
E ficam assim as longas conversas onde não se diz nada, onde no silencio se marca o compasso do quase dizia, quase disse, mas nunca de facto o faz. Fica as palavras ensaiadas em frente ao espelho, que depois de ouvir a conjugação silábica na melodia da voz que fala do outro lado, nada diz, por se sentir pequena, cobarde, por se sentir menos capaz, menos feroz, menos consciente do que se quer. E volta assim o silencio, enquanto a mente busca - mesmo que não saibas - desesperadamente por algo que volte a por o mundo a girar de novo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

(des)ilusão!



Ele: Não va's. Não podes ir agora que te encontrei.
Ela: Tenho de ir. Não sou tua.
Ele: Mas e o que vivemos juntos?
Ela: Isso e' nosso.
Ele: Por isso e's minha.
Ela: Por isso não sou tua.
Ele: não te percebo.
Ela: Tenho uma vida no passado.
Ele: Mas eu ofereço-te um futuro!
Ela: Continuo a pertencer ao passado.

Pegou na mala pequena de mão, ajeitou o bordado florido do decote. E foi embora sem olhar para trás.Na entrada da porta ficou ele. olhos húmidos, olhar vago, coração partido. Aos poucos a sua mão direita, ate agora cerrada, abriu-se. No chão caiu o futuro que ele lhe queria dar. entrou em casa e fechou a porta atrás de si. E ali, na soleira da porta de madeira velha envelhecida pelo tempo, ficou o anel com a pedra brilhante, caído no chão, servindo de barreira entre o sonho e a realidade.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Era uma vez...


Tenho tantas palavras a querer me saltar para o ecra do computador, que chego a sentir os dedos a formigar, da vontade do encontro desenfreado com o teclado. Por isso, sabendo que depois seria dificil parar, vou me restringir ao realmente importante e necessario:


-Nem sei dizer com exactidao a data, e no entanto a vida tem destas coisas. Era meia-noite e meia de uma noite sem lua, onde so os candeeiros antigos iluminavam a rua escura. Dentro do bar abafado as pernas ja me pesavam,tanto dos efeitos do concerto como do alcool que ja acusava. Recebi a mensagem que era o sinal que tinha de ir- embora contra vontade. Quem era a boleia dessa noite? Dois rapazes que eu nao conhecia. Sentei-me no banco de tras junto a uma amiga. seguimos viagem, E a minha atençao seguiu para o rapaz que estava no banco do pendura.Se disse-se que o interesse foi mutuo,estaria a mentir, era mais a atraçao do meu alcool, contra a simpatia indeferente de alguem de quem eu nao sabia mais do que o nome. Nao foi amor á primeira vista. Mas sentir um interesse assim, depois de tanto tempo sem sentir nada, despertou-me a atenção. Entao porque nao? E a tecnologia e' uma coisa fantastica!

(...) As minhas mensagens nao tinham grande feedback, pelo que dei a causa como perdida. Mas ai tudo mudou. Nao sei se foi de mim, nao sei se foi dele, mas o resultado foi o dia 11 de Março de 2009, cerca das tres e meia da tarde, com o rio como painel de fundo. Não e' preciso dizer mais nada.


O fim da história? Nao tem fim, nao por ser eterna no tempo, mas por ser eterna em mim!


Amo-te, e de alguma forma sempre te ...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Fosse...



Fosse tão fácil despir uma alma,
como é despir um corpo.
Fosse tão fácil te-la ali, desnudada, desprovida de protecção. para nos.
Fosse fácil te-la na razão, tocar-lhe, mete-la na palma da mão.
Fosse fácil. Apenas fácil!
Fosse apenas tentação.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nao palavras, melodias!

Este e' um texto de alguém, cujo as palavras tanto admiro. Publico este teu texto como Homenagem( e não como agradecimento ) de tantas lágrimas em que me viste, em que me ajudas-te. Este e' um tributo á tua amizade, Bruno Lima!


Abro os olhos quando sinto a previsão de algo que não consigo ver, despido de ilusão sou um mero cometa que o sol faz arder. Sou uma onda que afoga palavras aninhadas em sonhos que nunca existiram, mentiras que gritam mas que o sorriso não me tiram. Sou o olhar de uma coruja que vê o que o horizonte não consegue alcançar, corro insano neste trilho perdido, escondido num recanto que só eu sei encontrar. Sou o brilho de uma noite perdida no desejo do pecado de um ser, sou uma noite afogada no álcool ou na cama que nunca mais irei ver. Sou um momento isolado, perdido e achado no meio de eternidades incompreendidas, sou o infinito de um momento premeditado que no teu colo deitado sara todas as minhas feridas. Sou um poeta morto com uma língua a muito enterrada, uma memória que nunca será esquecida. Uma voz que nunca se vera apagada. Sou os dias nas noites e as madrugas nos entardeceres, sois que se põem nas lágrimas que de mim caíram no dia em que desapareceres. De uma caneta sou a alma que ignora tudo o que explora nas linhas daquele caderno, por muito que tentem e pareça que consigam não me vão derrotar pois quando gravo os meus sentimentos torno-me eterno.
Bruno Lima

(Este e' só para ti, meu amor. lê baixinho para ninguem ouvir)



Dos tempos dos "amo-te" ficaram as saudades.
E ah como era bom olhar-te nos olhos, encostar a minha boca no teu ouvido e roubar-te um sorriso.
Como era bom pegar-te na mão e roubar toda a felicidade ao mundo. Como era bom ser eu, contigo ali ao meu lado!
Como era bom acordar de manha e ter alguem a quem amar, e como o foi bom amar.
Tantas horas de beijos. tantos longos devaneios, tantas loucas palavras, minhas? tuas? nossas!
Partilhas nas horas em que mesmo assim tanto ficou por dizer.
Coisas que por serem por e para ti, não te posso dizer! Disse-as um dia Fernando Pessoa por mim:

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"


Que te Amo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

i'll just pretend to hug you until you get here!


Hoje ao entrar na escola deram-me um daqueles abraços que aqueçe o coraçao. Ai e como eu estava a precisar disso.
Tenho que confessar. Sou completamente viciada em abraços.
Sim e dai? ha quem seja viciado em drogas, em cinema, sapatos, sexo, chocolate, eu sou viciada em abraços.
Abraçar nao doi nada, nao paga impostos, e' uma demonstraçao de carinho e nao causa ciumes. Nao provoca doenças e e' 100% natural.
E' aquecido com calor humano, logo e' amigo do ambiente. Nao engorda, e nao aumenta o colesterol. Seca lagrimas e da conforto.
Nao tem horas marcadas e pode ser dado em todas as estações do ano. E' preciso mais?
"Abraçe! Vai ver que nao doi nada" (:

segunda-feira, 25 de maio de 2009

(Con)fusao!


Queria escrever um texto imenso.
Daqueles que ocupam paginas sem numero, com palavras sem importância. Queria despejar o vocabulário, apenas, sem sinais nem regras de pontuação, misturar os tempos verbais, e ocultar o sujeito.
Mas as palavras que me ocorrem são tantas que se amontoam na ponta da língua, sem que eu consiga desenrolar o novelo.
Fico assim restrita a minha escrita e sem conseguir escrever, dizer ou demonstrar, fica também a vontade de uma longa conversa, entre mim, e sabe-se lá quem!
Talvez mais logo o nó se desfaça, e eu consiga poisar as palavras, ao de leve, no papel. Quem sabe.

domingo, 24 de maio de 2009




Queria escrever como me sinto. Queria poder expressar o sentimento que agora me consome e me mata mais um pouco por dentro.
Queria simplesmente deixar de o sentir, nem que fosse so por agora, queria que na minha vida a proxima hora, fosse para amar e ser feliz(...)

No silencio do quarto, caem ao som do ponteiro do relogio as minhas lagrimas sobre a colcha, e no ar o cheiro dos meus desejos por cumprir.

sábado, 23 de maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Recordaçoes (:


Podia te agradecer pelo que fizest por mim, mas é passado. Tinha tantas maneiras de te dizer, de te fazer compreender e recordar, aceitar o meu perdao, ao mesmo tempo o meu obrigado. Nao fiz, tambem ja nao farei. Podia fazer-te ouvir a razao da causa do que me fazes hoje, fazer-te sentir, e querer, mexer com coisas ainda em movimento. Perdi a chance, ou simplesmnete desisti dela. Podia te falar do que vais fazer por mim no futuro, e fazer acontecer ja, fazer-te dizer ja... mas vou esperar, ou simplesmente deixar passar e perder-se no vento. Vou apenas deixar acontecer, porque nao importa a ordem do tempo que nao para, que passa por nos, sem eu puder mudar isso, sem tu poderes compreender isso.Vou apenas deixar passar, deitar-me no teu colo e esperar, esperar por tudo que temos para viver «3

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Bons Momentos(...)


Hoje foi um daqueles dias em que nos apetece que os relógios parem ( e por ironia parece que ainda correm mais rápido), simplesmente aqueles dias que são "O Dia".
Quando pus o meu primeiro pezinho fora de casa o dia sorriu-me. Um sol radiante, uma temperatura que convida a tops e mangas curtas, e um comboio para apanhar. E não era a viagem que me animava (que nem era para muito longe), mas sim a recepção que ia encontrar.
(...)
No caminho ate a estação, fui dizendo um alegre "Bom Dia" a cada pessoa que passava, não importava quem era ou se conhecia, apenas me sentia tão feliz e tinha vontade de partilhar.
11he54 minutos cheguei a estação e lá fui eu tirar o meu bilhete, para o comboio das 12h18m.
Para minha grande surpresa o senhor da bilheteira não podia ser mais simpático( o que começa a ser um facto muito raro), e depois de uma alegre troca de meia dúzia de palavras agradáveis, lá cedi o meu lugar na fila.
Sentei-me num banco á beira da linha, pus os meus óculos de sol, e fiquei a olhar para as pessoas que passavam, sem que elas se apercebessem (grande vantagem dos óculos de sol). O comboio chegou, entrei, e cerca de meia hora depois cheguei ao destino.
Finalmente aquilo por que tinha esperado. Um pouco depois da uma já os fortes braços dele me envolviam, e nesses momentos parece que o mundo é apenas um filme a parte a decorrer a nossa volta.
Apaixonar-se é tão fácil, amar é tão difícil, mas são dias como o de hoje que me fazem querer esperar, que me fazem querer estar ali, nos teus braços, tanto hoje, como daqui a alguns anos.
És o tal? O rapaz ideal? Que é que isso importa, quando foste tu que eu escolhi para mim.
E quanto às más-línguas, que por não te conhecer, se põem a tecer no ar juízos de valor sobre nós, a essas o meu obrigado, que é por serem tão sujas como são,
que me fazem ter ainda mais vontade de mostrar o quanto gosto de ti, para sua pura frustração. Agradeço por me mostrarem em quem confiar.
(…)
As despedidas custam, e sem que ele saiba, fica la sempre uma lagrimita a querer fugir pelo canto do olho quando se fecham as portas do comboio, para me levar á minha triste e insonsa vida real, aquela onde ele não esta, de novo.
Mas o dia foi demasido perfeito, para me deixar abater com mais uma separação, mais dias assim virão, eu sei que sim, mais dias assim, contigo, meu amor (:

“Não, não me acordem agora, estava a ter um sonho tao bom”

quarta-feira, 20 de maio de 2009

"Life is a waterfall, we drink from the river then we turn around and put up our walls; Swimming through the void, we hear the word, we lose ourselves but we find it all..."
Aerials-System of a down

Ha ja algum tempo que tinha vontade de criar um blog, mas nao sei porque, realmente numca o criei -Ate agora.
Se este blog começa hoje a dar os seus primeiros passinhos, é graças apenas a uma pessoa, alguem que luta por chegar sempre mais longe, mas que sabe dar valor ao que ja tem, alguem que por ser assim, e por ser quem é, é o meu sorriso de cada dia, é a inspiraçao de cada frase.
Se leres isto vais te reconheçer em cada palavra-sim és mesmo tu.
É por ti que hoje luto por realizar vontades, corro atras de sonhos, sonhos estes que sem ti numca teriam saido do armário.
Um obrigada por seres quem és para mim. Um obrigada por ser quem sou para ti.