terça-feira, 23 de junho de 2009

(des)ilusão!



Ele: Não va's. Não podes ir agora que te encontrei.
Ela: Tenho de ir. Não sou tua.
Ele: Mas e o que vivemos juntos?
Ela: Isso e' nosso.
Ele: Por isso e's minha.
Ela: Por isso não sou tua.
Ele: não te percebo.
Ela: Tenho uma vida no passado.
Ele: Mas eu ofereço-te um futuro!
Ela: Continuo a pertencer ao passado.

Pegou na mala pequena de mão, ajeitou o bordado florido do decote. E foi embora sem olhar para trás.Na entrada da porta ficou ele. olhos húmidos, olhar vago, coração partido. Aos poucos a sua mão direita, ate agora cerrada, abriu-se. No chão caiu o futuro que ele lhe queria dar. entrou em casa e fechou a porta atrás de si. E ali, na soleira da porta de madeira velha envelhecida pelo tempo, ficou o anel com a pedra brilhante, caído no chão, servindo de barreira entre o sonho e a realidade.

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