sábado, 18 de julho de 2009

Eu vi. Mas não agarrei!


Em todos os cantos do mundo, sinto o mesmo pequeno presente...

O futuro passou-me ao lado, o passado pousou-me a frente. Por mais que eu e ele queiramos... Por mais que ele - sem me conhecer - me queira dar, não quero me desprender, do que tenho, ou talvez não tenha, mas que mesmo assim conheço.

Assim mostro-lhe um pouco do que sou, no curto tempo que temos, mas não lhe digo o meu nome - para que depois não possa me procurar...

E vejo o que poderia ter passar-me a frente.

Vejo o primeiro encontro ganhar forma, meses depois o anel no dedo.

Vejo uma dedicação a que não estou habituada, e vejo o para sempre amada, ali, a' minha frente ao alcance da minha mão.

Quase que lhe posso beber a sede de saber mais de mim, quase que posso contar-lhe tudo. Quase que conto...

E depois assusto-me com a possibilidade de ser feliz, e no ultimo minuto viro-lhe as costas antes que se torne real para ele.

Antes que se torne tentação para mim.

E algemo-me ao passado. Deito a chave fora, e esqueço o que ali vivi, ou tento esquecer o que quase pude viver, mesmo que ainda sinta, a forma do anel no dedo.

O quarto dedo a contar do coração.



"Eu Vi. Mas não agarrei!"

(Ornatos Violeta)

14 comentários:

  1. Porque, eu pelo menos, nao gosto de o sentir...

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  2. Uma coisa que eu apreendi ligia que custa ouvir mas é verdade.

    "Nada é para sempre..."

    tenta ser feliz amiga!

    Gonçalo aka Kanitu

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  3. essa tua fotografia parecia-me uma coisa estranha :b entao que decidi abrir.. ok não é nada esquesita, é muito bonita :D

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  4. as vezes estou muito bem outras vezes estou muito mal...

    :(

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  5. mudei o post que tu comentaste em ultimo.. acho que aquilo era so nosso nao devia estar esposto..

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  6. é verdade.
    há espécies que não tens mesmo noção de como é que podem existir, é fantástico :)

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  7. que coisa linda!

    é sempre um prazer ver algo assim fluindo... sendo sem ser preciso força na palavra...

    aqui é bom.

    beijos,
    e luz.

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  8. gande som

    e ao fim nao toquei em nada
    do que em mim tocou

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